Solitário


Humm...frio...
E eu ia passando, pelas vielas escuras, cabisbaixo, sem motivação, só o barulho do vento passando pelas minhas roupas que se perdiam nos latidos dos vira-latas nas ruas, vento sacudindo alguns fios de cabelos que se escapavam do chapéu enrremendado, naquela hora apenas a capa de chuva me protegia da neblina e nada mais.
Alguns  butecos abertos,vi um aberto com poucas pessoas, o som do violino me chamava para entrar, sem querer mesmo assim entrei; pessoas bêbadas no balcão, cheiro de charutos, mesas de madeira e um cheiro forte de perfume que embriagava o ambiente.
Vi uma mesa lá no recanto, sentei esperando o garçom, enquanto isso o som do violino embalava meus ouvidos.
Garçom- E ai, o que o senhor deseja?
Homem-Apenas um pouco de rum misturado com amnésia e dois dedos de esperança, por favor.

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